O presunto ta deitado
No cachote de madeira
Que coisa que era aquela
Uma tremenda choradeira
Sua barriga inchada
De tanta bebedeira
Sua boca enfeitada
De cola de madeira
Tem gente só chorando
Criança até brincando
O padre ta rezando
As velas vão queimando
O presunto tá inchado
A galera só chorando
E eu desesperando
As pessoas me olhando
Não! Não quero a morte não!
Não! Deixa eu viver aqui
Não! Não quero a morte não!
E nem lembrar que eu vi
Não agüento essa agonia
Vou pra casa da minha tia
Pois não quero mais presunto
Só na terra do pé junto
Não entendo essa parada
Essa coisa de morrer
Pois só sei da minha vida
Que isso vai acontecer