Não quero ser o seu par criatura estranha
Carrega na entranha a nódoa do horror
Ao passo que vejo a sua cabeça estremeço
É o avesso de tudo, o monstro da dor
No fio do teu olho colapso que fecha espaço
Estanca a vida e sufoca o amor
Vivendo entre os lobos da terra se engana
Sua vida tirana o tesouro roubou
Entrou no covil das serpentes de graça
E agora rechaça, o veneno acabou
És arremedo de gente, das cenas, das telas
Parece novela, tragédia sem fim
Escuto o teu nome nas bocas dos becos das vilas
Fugindo dos tiras, que coisa ruím
Vivendo entre os lobos da terra se engana
Sua vida tirana o tesouro roubou
Entrou no covil das serpentes de graça
E agora rechaça, o veneno acabou
Vestiu a camisa listrada, no peito marcada
Três, um, cinco, sete, a justiça vingou
Vestiu a camisa listrada, no peito marcada
Três, um, cinco, sete, a justiça vingou