Me embriaguei no trago largo do teu beijo
Xucro desejo de um campeiro cantador
Pois quem tem alma e, solito, vence distâncias
Carrega ânsias de viver um grande amor
E teus encantos, numa malícia inocente
Tão diferente aos olhos deste peão
Trouxe um abrigo e o calor reconfortante
Qual um braseiro que aqueceu meu coração
(São estas coisas que a gente jamais entende
Não se compreende a força que vem do amor
Nasce por conta, onde menos se espera
É primavera, quando o campo brota em flor)
Minha alma é campo judiado do pastoreio
É tempo feio, que melhora junto a ti
Teus olhos lindos, dois luzeiros de esperança
E na lembrança, teus carinhos que sorvi
Por isso agora te peço luzeiro e vida
Que esta alegria que sinto ao te rever
Floresça a alma deste pobre peito de índio
Que entregou o coração por te querer
(São estas coisas que a gente jamais entende
Não se compreende a força que vem do amor
Nasce por conta, onde menos se espera
É primavera, quando o campo brota em flor)