a vida
vai tão depressa
eu já não posso mais
ver onde vai chegar
já não consigo
os meus sonhos conhecer
o mundo
corre tão solto
tão impossível
não é fácil perceber
as armadilhas
é melhor se proteger
a noite e o silêncio que envolve
me faz regressar
as horas se congelam num instante
vou me encontrar
sozinho nos caminhos que se perdem
com você estou
teus braços me sustentam com amor
meu peito
pulsa com pressa
sede de vida
não devemos mais perder
cada segundo
é o tempo que se tem
e o tempo
perde seu rumo
quando os sentidos
se libertam da razão
alma que voa
coração que vence a dor