O que não esconde o bicho
No jardim se espalha a peste
Na cozinha entorte o garfo
E no salão defeque o gato
E nos olhos
Que se alastrem
Nuvens te tensão
E o piolho
Entre as fregas
Sujas do lençol
Eu te rogo
Te desejo
Que essa seja razão
E o desastre
( dos espinhos
Sempre a solidão )
Sempre a solidão !
O teu corpo esquartejado
Teu cachorro amordaçado
Um buraco em tua telha
Carrapato atrás da orelha
Uma praga de madrinha
Que vem lá da pradaria
Sete pragas, sete juras, não tem jeito não tem cura