Moro no mundo
No meio do mato
No canto da rua
Na esquina, lá fora
A carne está crua
Sereno de prata
Telhado de lua
Roupa suja, velha
A pele está nua
Quem pede, quem nega
A fé perpetua
Na fogueira, no sol
No palco que atua
Maldito, mal visto
A raiva acentua
Em resto de luxo
Sua alma flutua
Por pior que pareça
Por pior que seja
Não olhe só as imagens
Não passam de casca
Não é minha aparência
Nem é sua aparência
Preste atenção na idéia que passa